VAMOS DESCOMPLICAR A MENOPAUSA?
Para algumas mulheres, os sintomas são tão intensos que parece doença. Mas não é!
E para começarmos nossa conversa de forma bem otimista e descomplicada:
Depois de tudo que você aprender aqui e do seu tratamento iniciado , tenha certeza que você ficará muito bem, disposta, sentir-se-á novamente jovem e com energia, conseguirá emagrecer, retomará seu desejo e vida sexual e concordará que terapia hormonal é uma das sete maravilhas do mundo!!!
QUAL A DIFERENÇA ENTRE CLIMATÉRIO E MENOPAUSA E QUANDO DEVO INICIAR MEU TRATAMENTO
Toda mulher passará por um declínio natural de sua produção hormonal entre os 45-55 anos de idade, fase esta chamada de CLIMATÉRIO. Ocorre, em média, aos 48 anos.
No climatério, as menstruações podem estar presentes ainda, o que leva muitas mulheres acreditarem que seus sintomas não são de causa hormonal. Isso acaba postergando o suporte médico que pode ser oferecido para que haja bem estar e que a mulher não vivencie perdas na sua jovialidade, sexualidade e bem estar.
Por definição, dizemos que uma mulher está em MENOPAUSA quando completou 12 meses sem menstruar. Mas, acredito que já deu para compreender que, nesse momento, os hormônios estão lá no chão e os sintomas colecionados podem ser inúmeros.
Por esse motivo, não se espera mais esses 12 meses sem menstruação para iniciar qualquer tratamento hormonal. Fazemos isso tão logo observamos o inicio do declínio hormonal (através de exames laboratoriais), ou seja, o CLIMATÉRIO. Em outras palavras, é importante que não percamos a “janela de oportunidade”, momento em que conseguimos retardar ou reverter algumas perdas que a falta do estradiol, hormônio feminino, trará para as mulheres.
COMO POSSO SABER SE JÁ ESTOU NO CLIMATÉRIO?
As dosagens hormonais, em conjunto com as queixas da paciente, definem com bastante precisão esse momento.
Inúmeros são os sinais e sintomas que indicam o inicio do climatério.
Algumas mulheres têm muitos deles, outras apenas alguns. Mas são sintomas que, de alguma forma, vão impactar a vida pessoal, o relacionamento com seu cônjuge, familia, carreira profissional e auto-estima destas mulheres.
Os mais comuns são:
⁃ Irregularidade menstrual
⁃ Ganho de peso corporal (perda de músculo e acúmulo de gordura); ganho de gordura abdominal
⁃ Fogachos (ondas de calores) e suor excessiva (principalmente durante a noite)
⁃ Qualidade de sono ruim, insônia
⁃ Fadiga, extremo cansaço
⁃ Alteração do humor: acentuação da depressão e/ou irritabilidade, ansiedade
⁃ Alteração da memória, raciocínio
⁃ Flacidez, perda da firmeza e elasticidade das pele; sensação de envelhecimento
⁃ Secura vaginal
⁃ Desconforto nas relações sexuais, falta de lubrificação
⁃ Desejo sexual diminuído ou ausente
⁃ Incontinência urinária
⁃ Infecção urinária pós-coito (após as relações sexuais)
⁃ Dores migratórias pelo corpo, do tipo dor muscular e nas articulações (vão mudando de lugar)
⁃ Aumento da porosidade óssea (osteopenia / osteoporose)
A expectativa de vida das mulheres brasileiras está em torno dos 75 anos. Imaginem que, para muitas mulheres, viver 1/3 de suas vidas assim pode representar muito sofrimento.
Cada mulher pode vivenciar experiências diferentes durante esse período, da intensidade à frequência com que os sintomas aparecem. Tudo isto está na dependência da sua genética e estilo de vida (alimentação, exercícios físicos, práticas de controle do stress, etc)
O QUE TRATAMOS?
Muito importante dizer que, tratar a menopausa não diz respeito apenas ao alivio dos sintomas acima descritos.
O objetivo vai muito além, uma vez que a falta de hormônios femininos traz AUMENTO DO RISCO CARDIO-VASCULAR (aumento do colesterol e da deposição de gordura nas artérias, a aterosclerose) e AUMENTO DO RISCO DE FRATURAS pela redução da massa óssea.
O INFARTO e o AVC (acidente vascular cerebral), assim como a OSTEOPOROSE, estão entre as principais causas de morte na mulher menopausada.
A terapia hormonal visa, antes de tudo, fazer frente à estas causas de mortalidade, trazendo longevidade saudável a todas as mulheres.
COMO TRATAMOS?
A avaliação médica especializada vai trazer a melhor solução para cada caso, mas a TERAPIA HORMONAL, sem nenhuma dúvida, é a solução para tudo o que descrevemos acima, sempre que possível.
Mesmo nos casos leves, em que uma alimentação equilibrada e exercícios físicos podem trazer alivio imenso para os sintomas, o aumento do risco cardiovascular e a perda de massa óssea continuam presentes, e para isso, a reposição hormonal não tem substitutos.
O tratamento é feito suplementando-se os hormônios femininos (ESTRADIOL e PROGESTERONA) e a TESTOSTERONA (hormônio masculino) quando indicada.
Os princípios de qualquer tratamento hormonal são:
⁃ Buscar a MÍNIMA DOSE EFICAZ
⁃ Buscar hormônios iguais ou o mais semelhante possível aos naturais (portanto isomoleculares ou bioidênticos)
⁃ Personalizar a dose para cada paciente
Dentre as opções disponíveis na atualidade, a via IMPLANTE é a que mais atende aos princípios acima. Personalizada, tem se mostrado muito eficaz a curto e longo prazo para as pacientes e a nossa preferência para melhora na qualidade de vida, além de maximizar resultados de hipertrofia e emagrecimento.
Erroneamente confundida com “chip da beleza”, os hormônios podem ser oferecidos na forma de um micro-implante absorvível (como um comprimido bem pequeno) colocado sob a pele (na gordura profunda das nádegas), praticamente sem cicatriz (é inserido pelo sulco interglúteo, conhecido como “cofrinho”)
São implantes de origem botânica (oriúndos do cará-selvagem e da soja) e totalmente bioidênticos, manipulador magistralmente para cada paciente (tendo por base suas dosagens hormonais).
A colocação é simples, feita por profissional habilitado na própria clinica. Têm duração de 6 meses e desaparecem após esse tempo, não restando nada no local para ser retirado.
A terapia hormonal pode ser feita também a partir de medicamentos via oral, géis e cremes vaginais.
QUEM PODE SER TRATADA?
Atualmente, são raras as contra-indicações para a terapia hormonal.
Toda paciente candidata ao tratamento será submetida a uma rigorosa avaliação médica que tem por objetivo promover saúde de uma maneira geral e também avaliar possíveis contra-indicações (idade avançada, tempo de menopausa, risco de trombose e embolia, câncer de mama, doença cardio-vascular)
Os estudos mostram que as mulheres que têm maior benefício com a reposição hormonal são aquelas com idade inferior a 59 anos ou com menos de 10 anos de menopausa.
Para as mulheres que não se enquadrarem no grupo do tratamento hormonal, há opções interessantes como o LASER VAGINAL.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: terapia hormonal provoca câncer?
Já está comprovado que o hormônio não é carcinogênico, ou seja, não provoca câncer.
Estamos falando aqui de câncer ginecológico (mama, útero e ovários), porque em relação a outros cânceres como o de intestino, por exemplo, a reposição hormonal oferece proteção.
Em pacientes com antecedente de neoplasia ginecológica na família, desde que seja possível fazer o TESTE GENÉTICO* e que ele seja negativo (indicando ausência do fator genético na paciente em questão), esta paciente é candidata à terapia hormonal.
*Teste genético, também denominado PAINEL GENÉTICO PARA CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO, é um exame que reúne todos os genes conhecidos para essas neoplasias e oferece uma segurança a mais no tratamento de pacientes com histórico familiar. Converse com seu médico para saber mais.
SÍNDROME UROGENITAL NA MENOPAUSA
Como dissemos acima, algumas mulheres nunca terão fogachos, suores intensos, insônia. Mas há um sintoma ingrato, que todas as mulheres que não fizerem a terapia hormonal experimentarão: a síndrome urogenital.
Do que se trata?
A vagina, que é um tubo macio e elástico, feito para esticar, perde seu pregueado (“sanfona”interna) e torna-se um tubo seco, firme e inelástico, com redução de seu diâmetro interno. Em outras palavras, a vagina torna-se seca, não distensível, o que provoca fissuras e grandes desconfortos na relação sexual, chegando ao ponto de poder impedi-las de ocorrer.
Além do desconforto vaginal, e pela proximidade da parede vaginal com a bexiga, as infecções urinárias passam a ser frequentes. Cada ato sexual resulta numa infecção urinária no dia seguinte.
Isso tem grande impacto nos relacionamentos conjugais, porque as infecções urinárias de repetição, a dor na relação, em conjunto com a falta de desejo sexual (que já era um dos sintomas do climatério), acabam por fazer com que a mulher não queira mais sexo.
Não raramente, acontecem fissuras profundas na parede vaginal de mulheres que acabam por ter relação sexual nestas condições, resultando em sangramentos intensos no momento do coito e que, por vezes, requerem até intervenção cirúrgica (sutura).
Essa condição, descrita acima como síndrome urogenital, pode apresentar-se em variados graus e reverte-se com a terapia hormonal, trazendo de volta o sexo prazeiroso ao casal.
Como terapia coadjuvante, ou nos casos em que a terapia hormonal não está indicada (paciente com antecedente de câncer de mama, por exemplo), o LASER VAGINAL é a opção de tratamento.
TRATAMENTO NA MENOPAUSA COM LASER VAGINAL
Com o avanço das tecnologias, temos como tratamento para os sintomas vaginais e urinários da menopausa, o LASER VAGINAL ( de Erbium e CO2 fracionado). É um tratamento não hormonal bastante eficaz e duradouro.
Esse tratamento, oferecido em três sessões + uma sessão ao ano como manutenção (protocolo internacional) provoca micro fissuras na mucosa vaginal e derme vulvar, estimulando a produção de novas fibras de colágeno e elastina.
Em outras palavras, consegue-se a REGENERAÇÃO e o REJUVENECIMENTO do local, com mais hidratação, tônus e vascularização da mucosa vaginal e assoalho pélvico, trazendo benefícios para a sua vida sexual e afetiva.
Conseguirmos também o tratamento das incontinências urinárias leves e moderadas.
Indicado como coadjuvante à terapia hormonal ou para as mulheres que não fazem tratamento hormonal, como opção única de tratamento vaginal.
Aguardo você para uma avaliação detalhada.
Até mais!